terça-feira, 25 de abril de 2017

O GRANDE INÍCIO – PARTE 03

Caim, Crânios Alongados e os Antigos Deuses da Suméria
NOTA DO EDITOR: Essa é a terceira parte de uma nova série online baseada numa reportagem especial investigativa da SkywatchTV.com que foi colocada online em meados de fevereiro e irá até os meados de Março (2017). Essa série e os programas que virão estarão centrados em dois principais livros (a serem lançados no dia 7 de março – já adquiridos pelo autor deste site efesios612.com): Reversing Hermon escrito pelo Dr. Michael S. Heiser e The Great Inception pelo âncora da SkywatchTV, Derek Gilbert. Essas reportagens e seus textos revelarão o que a maior parte da igreja moderna jamais ouviu a respeito de como a história do pecado cometido pelos Sentinelas em 1 Enoque teve um papal central na missão de Jesus, o Messias, assim como fatos bíblicos escondidos por trás das histórias dos antigos deuses e o papel que eles têm e TERÃO no que levará ao Armageddon, com importantíssimos detalhes altamente secretos juntamente esquecidos pelas instituições religiosas modernas.
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Eles já estiveram aqui antes. O tempo de voltarem já chegou?
A vida depois do Éden deve ter sido um enorme desapontamento para os primeiros humanos, especialmente o primeiro casal. Esqueçam sobre o tal fardo de viver sob a maldição: ter que cuidar da própria terra para obter alimento do solo a fim de sobreviver, a dor de trazer uma nova vida ao mundo, e todo o resto. O entendimento de que eles desapontaram o seu Criador e terem condenado seus filhos e os filhos dos seus filhos até o fim dos tempos e terem suas vidas separadas de Yahweh deve ter sido algo quase que insuportável.
A Bíblia nos fala muito pouco sobre o resto de suas vidas. Só sabemos os nomes de três dos seus filhos: Caim, Abel e Sete. Devem ter existido outros e pelo menos dois deles eram meninas, pois Caim e Sete, ambos casaram e tiveram filhos. (Viram? A velha questão: “Onde Caim encontrou sua mulher?” Não é muito difícil de responder).
Entendemos que arqueólogos seculares e historiadores não concordam com muito do que acreditamos sobre a história humana. Tudo bem. Nós, cristãos crentes na Bíblia não rejeitamos a ciência quando interpretamos dados através das lentes bíblicas. A ciência é um processo pelo qual coletamos e gravamos informações para testarmos as teorias sobre como as coisas são. Análise é o que fazemos com essa informação depois dela ser coletada. Não é a ciência que frequentemente questionamos, é a análise.
Os estudiosos concordam, no entanto, que a civilização emergiu no Crescente Fértil ao redor de 10.000 a.C. (Nota: estamos usando datas que são normalmente aceitas por um consenso de estudiosos para não sermos motivo de chacota sobre a linha de tempo. Isso está fora do escopo do que estamos tentando fazer aqui). A agricultura, as cidades, a escrita, o comércio, a ciência e a religião organizada, tudo se desenvolveu num amplo arco que se esticava do Egito até o Levante e daí abaixo até a Mesopotâmia.
Essa civilização é chamada de cultura Ubaid pelos estudiosos. Mas não era assim que as pessoas que viviam lá a chamavam é claro; não sabemos como eles se denominavam a si mesmos, pois eles nunca inventaram a escrita. A civilização Ubaid pegou seu nome de Tell al-Ubaid, um pequeno monte de assentamento ao sudeste do Iraque, onde os famosos arqueólogos Henry Hall e Sir Leonard Woolley escavaram os primeiros pedaços de vasos desse povo entre 1919 e 1924.

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Mapa da civilização Ubaid na Suméria

Isso aconteceu muito com as culturas pré-históricas. Os nomes de todas as suas civilizações são acidentes de descobertas, vindo de qualquer coisa que o primeiro arqueólogo, pastor entediado ou ousado pesquisador de tumbas achava como primeiro pedaço de evidência de pessoas que eles nunca ouviram falar antes. Imaginem quando arqueólogos daqui a 8000 anos descobrirem os remanescentes da nossa civilização e tropeçarem num Playstation ou num vidro de perfume.
Os arqueólogos que estudam a cultura Ubaid concordam que ela se espalhou de Eridu, no sudoeste do Iraque, eventualmente indo longe até o que chamamos hoje de Irã, norte da Síria, sul da Turquia e o Levante (Síria / Líbano / Jordânia / Israel). A civilização Ubaid era tipificada por grandes vilas sem muros, cassa retangulares com vários cômodos feitas de tijolos de argila, vasos de boa qualidade e os primeiros templos públicos. A irrigação das plantações se desenvolveu ao redor de 5000 a.C., então os cereais e grãos poderiam crescer em clima seco que novamente dominou a região. A primeira cidade da Mesopotâmia, e dessa forma a cidade mais antiga do mundo, apareceu por volta de 5400 a.C. Embora assentamentos de agricultura como Jericó (9000 a.C.) e Jarmo, ao leste da moderna Kirkuk no Iraque (7100 a.C.) sejam mais velhos, Eridu, localizada no que hoje conhecemos como sudeste do Iraque, foi lembrada pelos últimos sumérios como a primeira cidade, com um grau de especialização dentre seus cidadãos nunca antes visto em comparação a outros assentamentos.
A Lista de Reis Sumérios, datada de 2100 a.C., está dessa forma:
Depois do reinado que desceu do céu, o reinado foi em Eridu. Em Eridu, Alulim se tornou rei; ele governou por 28.800 anos.
O interessante é que a Bíblia apoia essa narrativa.
Então saiu Caim da presença do Senhor, e habitou na terra de Node, ao oriente do Éden. Conheceu Caim a sua mulher, a qual concebeu, e deu à luz Enoque. Ele edificou uma cidade, e lhe deu o nome do filho, Enoque. A Enoque nasceu Irade, e Irade gerou a Meujael, e Meujael gerou a Metusael, e Metusael gerou a Lameque.
Gênesis 4:16-18
Alguns estudiosos, como o egiptólogo David Rohl, acreditam que é possível que o “ele” na segunda sentença, se refira a Enoque e não Caim. A última palavra, Enoque, pode ter sido adicionada mais tarde. Nesse caso, o construtor da cidade foi Enoque, e a cidade foi nomeada para o seu filho, Irade, ou Eridu.
Especulando um pouco mais além, podemos aplicar uma tradução rudimentar ao nome Alulim e chegarmos a um “quarto homem” (A = prefixo + lu = “homem” + lim, uma contração de limmu = “quatro”). Novamente, isso é especulação e não deve ser tomado como base, então, não entendam isso como evangelho. Mas se estiver correto, então Alulim pode ter sido Irade, o “quarto homem”, ou quarta geração, depois da criação: Adão, Caim, Enoque e Irade, e o primeiro rei da primeira cidade na Terra, Eridu, a cidade que tinha seu nome.
Independentemente de suas origens, o que é mais interessante sobre Eridu é que, além de ser a cidade mais antiga da Mesopotâmia, e possivelmente do mundo, é que ela também foi o lar de um dos maiores e mais antigos zigurates na Mesopotâmia. Esse foi o templo de um dos mais importantes deuses do antigo Oriente Próximo. Ele era conhecido como Enki pelos sumérios e Ea pelos posteriores acadianos e babilônios. Enki era o deus das águas doces necessárias para a vida. Ele era mostrado com duas correntes de água fluindo de seus ombros que representavam os rios Tigre e o Eufrates, as principais fontes de água da Mesopotâmia.
Junto com An (ou Anu), o deus do céu e Enlil, o deus do ar, Enki era um dos três deuses mais importantes na Suméria. Ele chegou muito cedo na Suméria de Dilmun, provavelmente a ilha do Bahrain no Golfo Pérsico. Na verdade, os sumérios acreditavam que o próprio Enki havia criado Eridu, elevando-a do solo pantanoso que então ficou conhecido como a costa do golfo.
Enki era o deus da magia, artesanato e sabedoria. Embora Enlil fosse o rei dos deuses, Enki era o mantedor do mes (soa como “mezz”), um decreto dos deuses que formavam os conceitos fundamentais e dons da civilização: desde as práticas religiosas até a interação social e música.
O mito da criação babilônico, o Enuma Elish, descreve como tudo na Terra veio a existir através da derrota da deusa do caos Tiamat por Marduk, filho de Enki/Ea, o deus chefe da Babilônia. No entanto, a antiga história suméria credita a Enki ter dado vida a todas as coisas, incluindo a humanidade, e diz que Enlil é que venceu Tiamat.
As diferenças nas histórias são pelo menos parcialmente devido ao desejo e direção do poder através dos séculos. Cada cidade na Mesopotâmia tinha um deus patrono ou deusa. A importância de uma deidade era, como podem perceber, ligada às fortunas dessa cidade. Assim como Eridu era o lar de Enki, Enlil era a deidade chefe de Nippur, Inanna (Ishtar) era suprema em Uruk, o deus sol Utu era o deus patrono de Sippar, e por aí vai. Para lhes dar uma ideia da incrível quantidade de tempo com a qual estamos lidando, Enki liderou em Eridu por aproximadamente 3.500 anos antes de Marduk substituir Enlil como o chefe do panteão Mesopotâmico, um evento ligado à emergência da Babilônia como potência dominante na região no século XVIII a.C.
Essa é a mesma quantidade de tempo que passou entre Moisés liderando os Israelitas saindo do Egito e você lendo esse texto.
Esse assunto não é, de jeito nenhum, um passeio fazendo uma revisão da vida, cultura ou religião da antiga Mesopotâmia, mas existe mais um aspecto da vida no antigo Oriente Próximo que nos chama a atenção. É algo que normalmente só ouvimos falar através de fingidos pseudo-estudiosos que empurram esse fenômeno os ligando a extraterrestres, e vem espalhando isso desde o final da década de 40, dizendo que as pessoas na Mesopotâmia, antes de aprenderem a escrever, procuravam um jeito de deixar os crânios de seus filhos em formato de cone, alongados.
Ao que parece, baseado em remanescentes humanos datados entre 10.000 a.C. e 3.500 a.C., que a deformação cranial se espalhou pela cultura Ubaid e Eridu, a primeira cidade do mundo, possivelmente construída por Caim ou seu filho, foi o marco inicial para esse ato de deformação cranial. Uma escavação arqueológica em Eridu lgo depois da Segunda Guerra Mundial, desenterrou milhares de corpos que foram enterrados durante a época de Ubaid. Das 206 peças remanescentes que os arqueólogos exumaram, “todos os crânios haviam sido deformados de uma maneira ou de outra”.
Viram? 206 de 206. Não foram poucos, e não apenas as elites. Parece que todas as pessoas de todas as camadas sociais de Eridu tinham um crânio deformado.
Agora, ao invés de se perguntarem por que, o líder arqueólogo decidiu que foi uma “pressão da terra” depois do enterro que causou isso, mesmo que nenhum dos crânios estivesse rachado ou quebrado, o que seria esperado se as deformações tivessem acontecido depois de sua morte.
Evidências de modificação cranial têm sido encontradas em sítios por todo o Iraque, sudoeste do Irã, leste da Turquia, os vales das montanhas de Zagros, e a costa oeste do Golfo Pérsico, datando de 7.500 a.C. até 4.000 a.C. Depois disso, parece que esse tipo de prática desapareceu.
Hmmm. Se colocarmos o dilúvio global em algum tempo entre 4.000 e 3.500 a.C….
headshaping-211x300A grande questão é por que isso existia? Por favor entendam que não estamos sugerindo que esses eram mutações genéticas ou os parte humano Nephilim, os híbridos de anjos e humanos mencionados em Gênesis 6 (embora os Nephilim pudessem estar ter estado por aí pelo menos parte desse período). Mas quem acorda de manhã em 7.000 a.C. e decide enrolar algo ao redor da cabeça de um bebê para ver se ela fica pontuda?
Os que os inspirava fazer isso? E por que Eridu foi o ponto inicial de tudo?
Um estudo publicado no jornal acadêmico Paléorient em 1992, concluiu que a prática da deformação cranial, que foi encontrada pelo mundo todo, se originou no Oriente Próximo, pois era amplamente difundida lá. No entanto, os pesquisadores acreditavam que a deformação não era necessariamente intencional, mas provavelmente “incidental para os padrões de funcionamento da cabeça”.
Sério? Por mais de seis mil anos os nossos ancestrais acidentalmente forçavam seus bebês a vestirem um pano na cabeça tão apertado para deformarem seus crânios?
Aqui vai outro dado para análise. Em Eridu e nas cidades vizinhas do sul da Suméria antes do dilúvio, e só ali, arqueólogos encontraram cerca de 120 esculturas em terracota chamadas pelos estudiosos de “ofidianos”. Uma palavra bonitinha para algo que se aprece com uma serpente. Eles são bípedes esguios, adornados com protuberâncias parecendo botões, mais frequentemente femininos do que masculinos, normalmente em poses que são exclusivas dos mamíferos, por exemplo, uma figura parecida com um lagarto feminino dando de mamar a uma criança.
ophidiansOs estudiosos mencionados acima apontam em seus documentos que não existem estudos sérios dessas figuras e o que eles significam para os antigos, e nenhuma literatura apresentando um estudo sobre as origens da deformação cranial humana (pelo menos até os textos deles em 1992).
Por que isso acontece?
Enquanto não existe muita atenção escolástica prestando atenção às figuras parecidas com serpentes, existem muitos documentos publicados nos últimos dez anos sobre a deformação cranial no antigo Oriente Próximo. Ainda não existem conclusões sobre por que ou como isso começou, mas está claro que as pessoas que viviam nessa região, os descendentes dos refugiados do Éden, fizeram dessa estranha prática um hábito.
Nunca saberemos com certeza, mas podemos especular: as pessoas que formaram as primeiras civilizações humanas copiavam a aparência de alguém, alguém viu e decidiu que esse era um ideal físico. O que motiva os adolescentes dos dias modernos a vestirem determinadas roupas e tipos de cabelo? Exceto é que essa moda em particular não mudou com o passar dos anos, e esteve em alta por praticamente todo mundo lá por mais de 6.000 anos!
Isso não parecia apenas uma prática da moda da época. No entanto isso começou, era aparentemente uma prática na qual se acreditava convinha alguma vantagem.
Lembrem-se quando falamos sobre o nachash serpentóide e os serafins, e se lembram quando falamos que pelo menos um deles se rebelou contra Yahweh. Seria possível que os cidadãos do Oriente Próximo pré-histórico estivessem tentando obter favor de um deus?
Agora, se ainda não o fizemos, é aqui que podemos sair um pouco dos trilhos. Mas discorramos através de mais uma teoria, olhando a evidência e vejamos se faz sentido.
Como mencionado mais cedo, Eridu era considerada pelos arqueólogos como o centro da cultura Ubaid. O período Ubaid é definido como a civilização no antigo Oriente Próximo pouco antes do tempo de Ninrode e da Torre de Babel, aproximadamente entre 6.500 e 3.800 a.C. Ela pode ter começado não muito depois de Adão e Eva terem sido expulsos do jardim.
Agora, Deus queria que a humanidade “tivesse domínio sobre os peixes do mar e sobre os pássaros no céu e sobre todas as coisas vivias que se moviam sobre a terra” (Gênesis 1:28). Não era para que Seu povo tivesse domínio uns sobre os outros. Como Jesus disse aos seus discípulos há milhares de anos atrás: “Sabeis que os governadores dos gentios os dominam, e os seus grandes exercem autoridades sobre eles. Não será assim entre vós; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva” (Mateus 20:25-26).
Assim como Adão e Eva foram criados para trabalhar a terra, Deus projetou os humanos para serem mais ou menos autossuficientes, produzindo seu próprio alimento, cuidando do seu próprio rebanho e ajudando uns aos outros sempre e quando precisassem. Quando você vive esse tipo de vida, você fica muito ocupado para ser o senhor dos seus vizinhos. E, francamente, uma vez que você não dependa de ajuda para dar o pão de todo dia para sua família, é difícil para um governo governar sobre você. Faz sentido porque Israel foi governada por juízes nos tempos problemáticos durante seus primeiros anos, mas um rei não era parte plano original, mesmo assim Deus, que conhece o fim desde o início, claramente viu o que estava por vir e deixou que os hebreus fizessem Saul de rei mesmo assim.
Mais cedo nós descrevemos as principais características da civilização Ubaid. Arqueólogos e sociólogos notaram duas outras coisas que emergiram durante o período Ubaid: primeiro, houve a transição de uma sociedade rural para uma urbana; e segundo, a sociedade se tornou cada vez mais estratificada.
Em outras palavras, a evidência: as coisas com as quais as pessoas eram enterradas, em sua maioria, mostra que as pessoas se moviam da zona rural para a cidade, os ricos se tornavam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
Esse período também viu a construção dos primeiros templos na Mesopotâmia. Cada cidade aparentemente tinha um templo para o seu deus local. E cada templo tinha um celeiro para coletar as ofertas dos frequentadores. É claro que isso significa que alguém observava o quanto alguém havia dado, e mais importante, quem recebia quanto. Arqueólogos e sociólogos acreditam que isso levou a uma classe de elite de líderes hereditários, os quais devem ter sido aqueles que lidavam com os grãos dos celeiros dos templos.
Taxas substitutas cobradas e controle de segurança social sobre a colheita dos grãos e racionamento vieram, e fica claro que as coisas não mudaram muito há pelo menos 8.000 anos. Vamos lá.
É justo nos perguntarmos como essa situação veio a existir. Só podemos especular, uma vez que não temos nenhum documento escrito para estudar. Logicamente, entretanto, é fácil entendermos que as entidades que se rebelaram contra Yahweh nesse estágio inicial se colocaram a si mesmos como deuses. Isso é concebível, baseado no que sabemos sobre os anjos da Bíblia, que um ou mais deles apareceram aos pré-sumérios e encorajaram certos candidatos os quais foram receptivos às ideias de que: 1) os deuses precisam de templos; 2) os templos precisavam de reis sacerdotes para observar as oferendas e se certificar de que os deuses estavam satisfeitos. O resultado foi uma civilização onde a liberdade estava restrita à classe mais alta, enquanto os peões trabalhavam a terra para dar suporte a eles.
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O GRANDE INÍCIO – PARTE 10

O surgimento da lua do mal: da Babilônia até Jericó e daí para Meca.
Se tivéssemos interesse em parar num número bíblico legal para justificar um título impactante, algo como Os Sete Montes da Batalha Sobrenatural, teríamos terminado o livro O Grande Início (The Great Inception) no Monte Sião. Mas esse livro estaria incompleto se trazermos um oitavo monte santo, e que tem um impacto tremendo e incrivelmente destrutivo no mundo.
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Jabal al-Nour está perto de Meca, oeste da Arábia Saudita
Esse monte é responsável pelo que os estatísticos dizem que será a maior religião do mundo lá por volta de 2070, a menos que alguma coisa drástica aconteça. Em relação a isso, devemos dar crédito a ela, pois essa montanha foi, sem questão, o lugar do engano psicológico de maior sucesso da história.
O nome árabe desse monte significa Montanha da Iluminação. Jabal al-Nour está perto de Meca no oeste da Arábia Saudita. É o lugar da caverna onde Maomé foi visitado por um anjo que chamava a si mesmo de Jibril, ou Gabriel.
A mensagem não era de Deus. Yahweh não se contradiz a Si mesmo, mas o Corão claramente o faz. Maomé viu alguma coisa, disso não temos dúvida. Mas isso não era um mensageiro de Yahweh.
Iremos lidar com as crenças específicas do Islã e as suas maiores seitas neste livro. O Islã tem um papel no futuro conflito pelo monte santo de Deus, mas tristemente para os Muçulmanos, a parte que o Inimigo quer que eles realizem é em simples: morrer.
Alá é o nome usado para o deus do Islã, mas também é o nome usado para o Deus da Bíblia pelos cristãos árabes. Isso é, de alguma forma, bem confuso, e é claro que não é uma coincidência. Assim como El era o nome do deus-chefe dos cananeus um nome genérico para Deus no hebraico, “Alá” é outro engano psicológico do Inimigo para obscurecer o entendimento.
Muitos cristãos assumem que os muçulmanos adoram o mesmo deus deles, e dessa forma eles não ficam surpresos quando aprendem que os cristãos árabes aplicam o mesmo nome próprio para Deus da Bíblia. Esse é o mesmo erro que assumir que um pagão amorita do 15º século a.C. que rezava para El, estivesse clamando pelo Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Os muçulmanos, que acreditam que Alá não tem filho, colocaram sua fé em algo que eles acham que é o Deus do Livro (a Bíblia). Como isso pode acontecer, quando existem diferenças fundamentais entre Alá e Yahweh?
Alguns estudiosos cristãos fazem uma ligação entre Alá e outras antigas deidades adoradas na Arábia antes de Maomé. Isso não universalmente aceito, mas não precisa ser para se transformar o deus do Islã em outra coisa diferente de Yahweh.
Etimologicamente, a explicação que parece fazer o maior sentido, e a que é aceita pela maioria dos estudiosos, sugere que Alá é uma forma contraída de al-lah, “o deus”. Esse é o mesmo uso semita de El, um nome próprio que surgiu da palavra genérica proto-semita ‘il, que significa “deidade” ou “deus”. Formas variantes aparecem no acádio (ilu), ugarítico (il) e no hebraico (eloah, a forma singular de elohim).
Além do mais, diferenças fundamentais nas características de Alá e Yahweh nos forçam a concluir que uma das duas coisas têm que ser verdade: 1) Alá e Yahweh são o mesmo, e a Bíblia não conta de forma correta a maneira como Yahweh se revela a Si mesmo para os profetas e apóstolos ou; 2) alguma coisa mentiu para Maomé naquela caverna em Jabal al-Nour, e Alá não é o Deus da Bíblia.
Dado que temos textos do Velho Testamento que podem ser corretamente datados de pelo menos dois séculos antes de Jesus (a tradução do Septuaginta do hebraico para o grego), e a maioria dos estudiosos aceitaria até mesmo datas anteriores para a autoria desses livros, e que os livros do Novo Testamento são os melhores documentos que atestam o período clássico, existem evidências irrefutáveis de que a Bíblia não foi corrompida ou substancialmente modificada desde que foi escrita pelos apóstolos e profetas. Mesmo com pouquíssimas diferenças entre alguns textos, o enorme número de manuscritos e documentos que citam as escrituras, como as cartas dos primeiros pais da igreja, fornecem muito material para fazermos uma checagem cruzada dos livros da Bíblia e confirmarmos a sua autenticidade.
Ao contrário disso, o Corão foi compilado na sua forma final há aproximadamente vinte anos depois da morte de Maomé e de várias versões rivais. No tempo do terceiro califado, Uthman ibn Affan, o Islã se espalhou da Arábia até o Iraque, Síria, Egito e Irã, culturas que eram diferentes umas das outras e da origem do ponto central de sua fé. Uthman foi reportadamente motivado a iniciar um projeto entre as disputas entre alguns dos novos seguidores sobre a maneira correta de oração. Então, para prevenir que os muçulmanos não lutassem entre si pelo livro, os textos foram coletados de todo o califado e compilados numa versão “oficial”, e as cópias de suas variantes foram destruídas.
Até mesmo os estudiosos muçulmanos, em sua maioria Xiita, que acreditam que o primo de Maomé e o filho adotivo são os herdeiros de direito do império crescente do profeta, admitem que Uthman corrompeu o sagrado livro Islâmico por essa ação.
Tem mais coisa nessa história é claro. Estudiosos gastaram carreiras inteiras estudando o Corão, assim como outros o fizeram com a Bíblia. Mas a diferença fundamental entre o Corão e a Bíblia é que não há comparação entre os dois quando analisamos a quantidade e qualidade das fontes dos materiais.
Não ficamos felizes em dizer isso. Literalmente bilhões de humanos pagarão o preço final por um engano sobrenatural orquestrado por um carismático comerciante árabe há quatorze séculos atrás. E bilhões mais serão destruídos numa batalha final cataclísmica pelo monte santo de Yahweh. Os deuses sedentos de sangue estão se preparando para a guerra.
Aqui vai outra breve revisão da história que pode nos ajudar. Faremos algumas poucas especulações, e pelo fato de estarmos lidando com o reino espiritual, não há como termos 100% de certeza do que iremos dizer.
O que aconteceu com os Amorreus / Amoritas? Os estudiosos têm explorado essa questão desde que a sua existência fora confirmada por fontes fora da Bíblia no 19º século. Eles foram expulsos da Mesopotâmia pelos Kassitas, que tomaram a Babilônia no 16º século a.C., e os governantes nativos próximos ao Golfo Pérsico eram chamados de Dinastia das Terras do Mar. Já discutimos como os Amoritas Hyksos, governantes do Baixo Egito, foram derrotados pelos egípcios nativos na mesma época.
Os Amoritas desapareceram da história na época que os Povos do Mar invadiram o Levante e o Egito no final do 13º século e início do 12º século a.C. Isso coincide com o que os estudiosos chamam de colapso do Final da Idade do Bronze. Durante um período de aproximadamente cinquenta anos, entre 1.200 e 1.150 a.C., os maiores estados do leste do Mediterrâneo ficavam desde a Grécia Micênica e Hatti até os estados Amoritas e Cananeus do Levante foram destruídos.
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Área sob controle Amorita cerca de 2000 a.C.
Esse foi o evento que acabou com o reino de Ugarit durante o reino do fadado Ammurapi que mencionamos num capítulo anterior. Um pequeno reino a sudeste de Ugarit chamado Amurru, nomeado pelos Amoritas, também foi destruído na mesma época.
Esse foi o período dos últimos Juízes, um tempo que preparou o cenário para o aparecimento do reino de Israel. A destruição de Hazor por Barak e Débora, que alguns estudiosos pensam poder ter pertencido ao reino de Amurru, pode ser datada até essa época.
A conclusão é que só o Egito e alguns poucos reinos no norte da Síria parecem ter sobrevivido a essa onda de destruição. Os Filisteus se assentaram no que podemos chamar hoje de Faixa de Gaza, e eles podem ter sido parte da coalizão dos Povos do Mar. Emergindo das cinzas dessa confusão juntamente com o reino de Israel, tivemos vários reinos Arameanos, sendo Damasco e Hamath os seus maiores.
Por terem saído da mesma região formalmente associada com os amoritas, é fácil assumirmos que os povos aramenaos eram os descendentes dos amoritas, os quais continuaram da melhora maneira possível depois dos desastres do Final da Idade do Bronze. Mas não podemos assumir mais do que dizermos que os Israelitas fossem apenas cananeus com uma religião repaginada, pelo fato de ter sido onde Davi subiu ao poder.
Ao analisar os textos que têm sido encontrados dos reinos Neo-Assírio, Neo-Babilônico e os últimos egípcios, podemos juntar as peças de uma história que parece ser sólida. Enquanto o nome “Amorita” saiu de uso depois da conquista de Canaã, existiram alguns nomes tribais que fazem uma ponte do período entre o desaparecimento dos Amoritas e a emergência dos Arameanos. Especificamente os Ahlamu, às vezes chamados de Ahlamu-Aramayu (Ahlamu-Arameanos) pelos Assírios, e nossos velhos amigos os Suteanos.
Juntos, esses dois nomes tribais parecem ter sido usados, pelo menos algumas vezes, em intercâmbio tanto com os Amoritas como os nômades Arameanos, principalmente nas estepes da Síria e da Transjordânia. Depois das conquistas do império Assírio durante o 7º século a.C., até o Arameanos saíram da história, embora o idioma Aramaico, por ter sido adotado como língua franca pela Assíria, se tornou o idioma de negócios e troca cultural no Oriente Próximo desde 600 a.C. até os tempos de Jesus antes de terem se entregado aos gregos.
Resumindo, os estudiosos podem documentar uma “continuidade geográfica, histórica e cultural” entre os Amoritas da Velha Babilônia e os Arameanos da era Média Babilônica.
A história recente do antigo lar Amorita, que inclui o Iraque, a Síria, a Jordânia e o Líbano, mostra um futuro problemático para a Terra Santa. Já mencionamos antes sobre a existência de espíritos territoriais, o principal exemplo bíblico é do Príncipe da Pérsia que segurou o mensageiro de Daniel por várias semanas. Não podemos ter certeza, mas vale a pena mencionarmos, pois vocês já podem ter notado até agora que este autor não acredita muito em coincidências, especialmente quando o assunto é a Bíblia e o andamento da batalha espiritual.
Aqui vão as perguntas relevantes: Poderia ser só uma maluca coincidência que os “pontos quentes” no Oriente Médio, especialmente desde a emergência do Estado Islâmico no verão de 2014, sejam exatamente as mesmas áreas definidas como lar dos Amoritas há 4 mil anos atrás? Será apenas um acidente cósmico que a terra dos Amoritas, especialmente a parte central e norte da Síria, serem muito mais importantes na escatologia do Islã do que a Arábia, a terra onde o islamismo nasceu?
Considerem de outra forma as atrocidades inexplicáveis na capital do Estado Islâmico, Raqqa, que fica no banco oeste do Eufrates, perto de Jebel Bishri, o antigo monte dos amoritas; ou a destruição de Aleppo, chamada de Cidade de Hadad quando foi governada pelos reis Amoritas nos dias de Abraão, Isaque e Jacó. As profecias que guiam a liderança do Estado Islâmico estão focadas nas terras onde os antigos deuses dos Amoritas uma vez já reinaram supremos.
No Iraque, onde o ISIS foi pressionado de forma pesada até onde escrevo aqui, pelas forças iraquianas, kurdos, turcas e americanas na cidade de Mosul, os analistas do Centro de Combate ao Terrorismo dos EUA, a Academia de Treinamento Militar em West Point sugere que o ISIS já havia preparado um plano de retirada na província de Diyala se eles não conseguissem se manter em Mosul. Os analistas sentiram que o terreno e a formação demográfica de Diyala é especialmente bem montada para uma insurgência em andamento. Essa é a área a nordeste de Bagdá ao longo do Rio Diyala em direção à cadeia montanhosa de Hamrin, onde há mais de 4 mil anos atrás os derrotados reis sumérios de Ur construíram sua fútil muralha Amorita para manter longe os Tidnum.
Tudo isso nos leva à pergunta: Qual espírito infrator está agindo em MAR.TU, a antiga terra dos Amorreus / Amoritas?
Vamos cavar um pouco mais fundo. E, perdoem-nos, seremos um pouco especulativos. Como notamos, existem algumas coisas que podemos ter certeza sobre os espíritos que se opõem a Deus. Eles mentem, e a nossa percepção para dentro do reino deles é limitada. Mas vamos dar uma olhada no que está disponível para nós e ver se podemos chagar a algumas conclusões.
A maioria dos estudiosos da Bíblia que traçam o movimento das nações que se espalharam de Babel em Gênesis 10, apontam para duas nações que são mencionadas na profecia de Ezequiel da guerra de Gog-Magog, que são Sheba e Dedan na Arábia. Sheba foi o pai dos Sabeanos, os quais fundaram um reino no sudoeste da Arábia, o Iêmen dos dias atuais.
Dedan ficou ao longo da costa do Mar Vermelho no oeste da Arábia, numa área chamada Hejaz. Dedan foi um oásis importante ao longo da rota de caravana entre Sheba e Babilônia. Devido ao brutal deserto que cobria o interior da Arábia, a rota ia ao norte através de Edom, até o sudeste de Judá. Dedan eventualmente cresceu como um reino independente ao redor da época dos profetas Ezequiel, Jeremias e Daniel, no 7º e 6º séculos a.C. O último rei da Babilônia, Nabonidus, gastou a maior parte do seu reinado vivendo no importante oásis dedanita de Tayma, enquanto confiava a Babilônia ao seu filho, Belshazzar: aquele do incidente mene, mene, tekel, upharsin.
Sheba e Dedan eram filhos de Raamah, um filho de Cuxe, o filho de Cam. Isso faz de Sheba e Dedan sobrinhos de Ninrode, o qual acreditamos ter sido o rei sumério Enmerkar, o que seria o construtor da morada dos deuses, a tora de Babel em Eridu. (Sheba e Dedan também são mencionados em Gênesis 25 como netos de Abraão e sua concubina Keturah, através de seu filho Jokshan. Geograficamente, entretanto, eles ainda são colocados dentre as tribos da Arábia).
Ninguém sabe ao certo porque Nabonidus gastou uma década vivendo no deserto, mas o melhor palpite é que ele estivesse procurando pela profecia e direcionamento de sua deidade preferida, o deus-lua Sin, o qual o rei elevou ao lugar mais alto do panteão.
“Concluí o mandamento do Sin, rei dos deuses, senhor dos senhores, que habita no céu, o qual, em comparação aos outros deuses no céu, seu nome é maior: (também) de Samas (deus-sol), o qual é o mais luminoso (igual), de Nusku (deus-fogo), Istar (Ishtar / Inanna, deusa do sexo e da guerra), Adda (Hadad, o deus-tempestade Ba’al), Nergal (Reshep / Apollo, deus da guerra e das pragas, e o porteiro do submundo), (aqueles) que cumpriram o mandamento de Nannar (o nome sumério para Sin) seu superior”.
Inscrição Harran H2, A & B, Col. III (texto entre parênteses adicionado)
Notem que Marduk está faltando nessa lista de deidades. Nabonidus provavelmente fez do estabelecido Marduk sacerdote da Babilônia um inimigo, possivelmente criando uma quinta coluna religiosa que contribuiu com a facilidade com que a Babilônia caiu sob os Persas.
Acredita-se que a mãe de Nabonidus, Addagoppe (Adad-guppi: notem o teofórico elemento Adad) foi uma sacerdotisa de Sin em Harran no norte da Mesopotâmia. Lembrem-se, Harran foi o centro de culto ao deus-lua que era tão importante para as tribos Amoritas Binu Yamina nos dias de Abraão, 1.400 anos antes. Então Nabonidus deve ter usado o antigo estoque Arameano / Amorita, e por algum motivo, clamou por essa revelação infernal, se assim desejarem, e foi compelido a reviver o enfraquecido culto a Sin e transplantá-lo para o deserto Árabe.

Nabonidus
Nabonidus, o último rei da Babilônia, mostrado adorando o deus-lua Sin, o deus-sol Samas e Ishtar, representado por Vênus.

O deus-lua tem uma longa história nessa parte do mundo. Não apenas temos evidências dos centros de culto de Ur, Harran e Jericó que datam do 3º milênio a.C., mas lembrem-se da narrativa da vitória de Gideão sobre os Midianitas, outro povo que viveu no noroeste da Arábia. O grande montante de ouro pego por Gideão incluía os ornamentos em lua crescente dos camelos midianitas, os quais presumivelmente honravam o deus-lua. Símbolos mostrando uma tríade celestial de Sin, Samas e Ishtar: lua, sol e Vênus, são comuns dos meados do 2º milênio a.C. até pelo menos o tempo de Nabonidus, o qual é mostrado venerando as três deidades numa estela remanescente.
Mesmo os símbolos da estrela e da lua crescente sendo proeminentes no mundo islâmico de hoje, eles só tiveram seu uso depois que os Otomanos tomaram Constantinopla em 1453, e não é viajar muito sugerir que o antigo culto ao deus-lua no Oriente Próximo e Arábia tem sido propagado até a era moderna pelos descendentes dos Amoritas, Arameanos e seus vizinhos árabes até o sul, especialmente com a turbinada dada ao culto do deus-lua na Arábia pelo rei da Babilônia durante os últimos dias desde império.
Por que o interesse nisso? Enquanto Sheba (Iêmen) parecia quase que geograficamente irrelevante às profecias do fim dos tempos (exceto talvez como ponto de batalha numa guerra maior entre xiitas e sunitas), Dedan, como mostramos mais cedo, possui o mesmo nome da antiga tribo Amorita de Didanu / Tidanu, de onde os gregos pegaram o nome dos Titãs. E a área assentada pelos dedanitas, Hejaz, inclui dois dos lugares mais sagrados para o Islã: Meca e Medina.
Mesmo que os estudiosos muçulmanos pudessem argumentar algo sobre essa conexão, as ligações simbólicas, pelo menos, são óbvias. Joel Richardson fez um excelente trabalho estabelecendo as raízes dos deuses pagãos de Alá em seu novo livro, Mystery Babylon (A Babilônia Misteriosa). A ligação histórica entre Nabonidus, o rei adorador da lua na Babilônia, e a região dos lugares mais santos do Islã podem ser coincidência, mas vocês sabem o que achamos de coincidências.
Agora, entendam por favor: não estamos sugerindo uma conexão física entre os Sentinelas / Titãs e as tribos árabes que espalharam o islamismo ao redor do mundo. Em outras palavras, e espero que isso não os desaponte, não vemos um papel no fim dos tempos para os Nefilim ISIS.
Mesmo assim, é fascinante que a história, mais uma vez, tenha fornecido uma ligação espiritual entre o passado e o futuro onde nunca esperaríamos encontrar uma.
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