terça-feira, 10 de novembro de 2015

GÓLGOTA (גולגולתא) E A RESSURREIÇÃO



O Rabino Isaque Luria explanado uma parte do Zohar (Emor) sobre os segredos do Gólgota (גולגולתא) e da ressurreição dos mortos (תחיית המתים) definindo-os como uma dimensão celestial chamada Atika Kadishá (עתיקא קדישא) que é a fonte de “orvalho” que traz sobre si a ressurreição dos mortos. Ele explica ainda que este “orvalho” é realmente as ‘três letras’ do Tetragrama, Yud (י), Hei (ה) e Vav (ו). {יהו}. O Tetragrama (יהוה) é o nome de quatro letras de D-us.


Agora, por que três essas letras são referidas como o orvalho?
De acordo com a numerologia cabalística, a palavra “orvalho” e as três letras do nome de D-us (יהו) ambos compartilham o mesmo valor numérico. Assim, “orvalho” é realmente um código para estas três letras (יהו) do nome de D-us, o que realmente se referem ao reino que podemos entender “de realidade 99%”.
Para os Cabalistas esta “realidade de 99%” é o reino escondido e fonte de toda a luz e a sabedoria que flui para o nosso mundo e Universo.
As letras representam essas dimensões espirituais ou celestiais ocultas que são a fonte de toda sabedoria (חוכמה), força de vida, criatividade, o conhecimento (דעת), paixão, amor e fontes de luz e etc que emanam e irradiam a partir da “realidade de 99%” emanada pelo Ein Sof (O Eterno D-us).
A letra final do Shem HaMevorash (שם המפורש) – do nome de D-us, a letra hebraica Hei (ה) se refere ao nosso mundo físico. É onde encontramos tanto a ordem e o caos, escuridão e luz, e dor e prazer e etc.
Esta letra [Hei (ה)] é desconectada das três primeiras letras (יהו). O que isto significa? Isso significa que o nosso mundo está inserido a partir destas dimensões superiores escondidas. Isso significa que se uma lâmpada não está conectada à tomada da parede para tirar a energia elétrica e, portanto, o quarto, ‘o nosso mundo’, permanece na escuridão. Isso significa que estaremos desconectados “realidade de 99%”.
Por causa desta desconexão entre o nosso mundo e a fonte de toda de Ein Sof (D-us), no Zohar se diz que o nome de D-us não está escrito completo. O Nome de D-us não é unificado. Dai a tradição das orações de unificação do nome de D-us.
Em termos simples, a 1% de realidade física está desligado da realidade de 99%, a fonte de toda luz e felicidade. O que quer que você queira da vida, você pode encontrá-lo em “99%”.
O que sempre está faltando e da falta que está causando infelicidade, está esperando por você no “reino dos 99%”. Estamos em dor quando não estamos adquirindo o sustento, a força da vida, bênçãos e luz desta realidade escondida.
Em conexão ao Gólgota no Zohar (Emor, Behar), o Gólgota (גולגולתא) é o reino espiritual nas dez Sefirot (arvore da vida) – as dimensões escondidas que chamamos de “99%”. É chamado “crânio da caveira” (Gulgultá) porque é para ser encontrado no topo e cabeça dos mundos espirituais ou celestiais, como queira.
No Zohar se usa a palavra Gulgultá (caveira) para identificar a maior dimensão da Árvore da Vida, as Dez Sefirot, e o no Zohar usa-se metáforas como Gulgultá (crânio – caveira).  Assim, esta dimensão oculta e também contém uma realidade chamada Atika Kadishá (עתיקא קדישא), o lugar de onde o “orvalho” vem para ressuscitar os mortos.
Atika Kadishá (עתיקא קדישא) também faz parte da dimensão chamada Gólgota (גולגולתא)! São encontrados no mesmo lugar na Árvore da Vida.
No Zohar tem muitas seções que são, na verdade, chamadas de Gólgota (גולגולתא).
Em termos ainda mais simples, o Gólgota refere-se à “realidade de 99%”. O Gólgota nunca foi sobre um local físico. Trata-se de uma dimensão “espiritual”.
Podemos notar a razão da história literal do Gólgota falar sobre a morte e ressurreição de Yeshua (ben HaMevorach) talvez possa ser uma ligação na tradição oral de observar que  Gulgultá e Atika Kadishá são dimensões ou realidades onde nós ressuscitaremos ou onde tudo que morreu em nossa vida seja trazido a vida. Quer se trate de felicidade, saúde, um relacionamento, um negócio, ou a paz de espírito, se nós perdemos isso, é porque ele morreu. Se você quiser de volta, terá de “ressuscitá-lo”, ligando-se ao reino chamado Gulgultá (caveira).
Neste conceito o Rabino Isaque Luria (1534-1572) ensinava apenas através de Teshuvá (arrependimento, mudança interior) que podemos reconectar para ressuscitar a nossa felicidade e ressuscitar o que de bom já morreu em nossa vida. Para ele quando pessoas suficientes pessoas reconectarem em Teshuvá, em seguida, os portões da “realidade de 99%” vai abrir em larga escala, o suficiente para que os mortos ressuscitem e existência imortal (O Messias) chegará.
Arrependimento em hebraico significa; retornar (Teshuvá). E também uma ‘resposta’ a uma pergunta.
Neste contesto podemos fazer uma alusão que estamos voltando a letra final Hei (ה), no Tetragrama (nome de D-us), de volta para as três primeiras letras (יהו) para unificar o nome de D-us (יהוה) e, assim, unificar o nosso mundo com a “realidade de 99%”.
Este é o segredo do “orvalho”, O “orvalho” é as três letras (יהו) do nome de D-us que estão retornando-nos Ele, é por isso que eles compartilham o mesmo valor numérico. É por isso que “orvalho” está associado a ressurreição no Zohar.
A letra divina que se conecta com a letra final Hei (ה) no nome de D-us é a letra Vav (ו).
No Zohar a letra Vav (ו) é chamada de “O Filho”. E a primeira letra do Nome de D-us Yud (י) é chamada de “O Pai” (Abba).
Podemos fazer uma alusão que: é preciso conectar-se ao Filho, a fim de conectar ao Pai. Assim unificando o nome de D-us, unificando o nosso mundo com o reino da “realidade dos 99%”. Por meio da Teshuvá (arrependimento).
Porção do Zohar ‘Behar’. Esta parte específica e explica o segredo da frase “Filho de D-us” ou “Filho do Hakadosh“. A frase o ‘Filho De D-us´ é aquele que reconecta ao Gólgota para ressuscitar a Luz que foi perdida.

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